“Tenho o privilegio de não saber de quase tudo e isso explica o resto” (Barros, 2015, p. 89).
A epígrafe remete-nos à ideia de que o reconhecimento da limitação do nosso conhecimento é, na verdade, um ponto de partida para a busca contínua e incessante do entendimento das complexas realidades que nos cercam. A incompletude, assim como o poeta nos sugere, não é uma fraqueza, mas uma força, pois garante o movimento constante de busca por respostas, ainda que
temporárias. Esse processo de questionamento e reflexão é especialmente importante nas áreas da educação e da linguagem, por serem campos vivos e em constante transformação. Reconhecer que o saber é inacabado nessas áreas abre espaço para uma educação mais dinâmica e adaptável, que se reinventa e se ajusta às novas demandas e aos desafios que surgem na contemporaneidade.
Esse pensamento conecta-se diretamente com a nossa obra Educação e linguagens II: estudos críticos e compromisso social, pois propõe, em linhas gerais, reflexões, sem a pretensão de respostas definitivas, mas com a disposição de problematizar e questionar as práticas educacionais atuais. Assim como Manoel de Barros, os professores-pesquisadores envolvidos neste livro reconhecem
que o caminho para as inquietações da educação passa por compreender as lacunas e as limitações do sistema educacional e, a partir daí, buscar soluções inovadoras e críticas.
Nesse contexto, nossa obra é de grande relevância para a comunidade, uma vez que traz à tona reflexões sobre linguagem, ensino e práticas pedagógicas contemporâneas, reunindo artigos de professores-pesquisadores das áreas de linguística, educação e áreas afins. Assim, nosso objetivo é explorar as novas perspectivas sobre a formação docente, o uso de tecnologias educacionais,
a inclusão de diversas formas de conhecimento e a valorização da diversidade linguística e cultural no ensino.
Cabe lembrar que a interdisciplinaridade é um dos pontos centrais desta obra, pois busca integrar saberes e práticas de diferentes áreas do conhecimento.
Nesse contexto, os artigos presentes são frutos de pesquisas que visam contribuir para o desenvolvimento de uma educação mais inclusiva, crítica e democrática. Ao abordar temas como racismo, inclusão social, novas formas de letramento, competências socioemocionais e muito mais, os autores oferecem reflexões sobre suas/nossas práticas educacionais e suas implicações
sociais.
E agora,
Boa Leitura!
Diego Rodrigues Brandão
Reuvan Sodré de Oliveira
Valquíria Claudete Machado Borba
Organização
Quase todos nós desejamos escrever um livro – se é que já não o temos pronto, numa gaveta ou numa pasta digital. Além de obras pessoais completas, participação em antologias literárias ou em obras acadêmicas também fazem parte de nossos sonhos. A Editora Mente Aberta te ajuda a “organizar as ideias” e também a publicar seus escritos, como tem feito com muita gente boa ao longo de quase uma década.