O que foi que fiz de errado?

Querido leitor,

É com imensa gratidão e um coração repleto de expectativa que lhe dou as boas-vindas a esta jornada transformadora que se desenrola nas páginas de O que foi que eu fiz de errado? Este não é apenas mais um livro; é um relato de uma saga emocional, em que a busca por respostas se torna o elo entre histórias de dor, amor, fé, resiliência e superação. Convido você a abrir seu coração e permitir ser conduzido pelas experiências de Théo, um jovem que, assim como muitos de nós, enfrenta as turbulências da vida, lidando com as tempestades e reviravoltas sem perder a fé. 

No primeiro capítulo, mergulhamos na vida de Théo, um jovem de 15 anos que carrega o peso de um divórcio conflitante entre seus pais. Dificilmente podemos imaginar as dúvidas e confusões que uma separação repentina pode causar, abalando alguns pilares de sua existência, ao ver e sentir de perto sua família se desmoronando. Esse vazio repentino e ausência de apoio, mesmo com as cicatrizes e traumas, tornam-se a base para seu amadurecimento. É essa busca em meio a tantas incertezas que faz dele um espelho, junto ao qual muitos de nós nos questionamos: o que realmente acontece quando a família, a fonte do nosso amor, dissolve-se? Afinal, existe realmente um culpado nesses casos?

À medida que seguimos a jornada de Théo, somos apresentados a Dora, sua mãe, a heroína virtuosa de sua vida. Ela, com toda força, fé e coragem, e também com a vulnerabilidade de uma mulher guerreira, procura construir novas pontes nesse novo lar, quebrando muros onde antes havia união, mesmo em silêncio. Ao levá-lo ao grupo de oração, ela amplia os horizontes do filho, demonstrando a importância de ter uma base pautada na fé acima de tudo.

Os passos de Théo, desde a infância até à fase adulta, não são apenas seus, mas refletem, de forma comovente, as nossas próprias lutas e conquistas. Ele questiona a presença e a ausência do pai, seu grande exemplo e herói em sua vida. O tema da ausência paterna torna-se um dilema duro e real, que muitos vivem e que pode ser tanto um fardo quanto um caminho para a autodescoberta.

Com o passar dos fatos, essa narrativa leva-nos a uma reflexão importante: como superar sem criar julgamentos sobre aspectos familiares de erros que cometemos de forma involuntária e a forma como eles impactam não apenas nossas vidas, mas também as vidas daqueles que amamos? As cicatrizes deixadas pelas mágoas e a busca por um novo entendimento entre pai e filho revelam-se como o verdadeiro presente que o amor pode oferecer, mesmo após as mais profundas feridas. Esse momento não é apenas o ponto-chave da história do jovem Théo, mas também ações de resiliência humana e a capacidade de perdoar, naquele ponto em que, antes, havia apenas decepção e mágoa.

Na conclusão desta intensa jornada, Théo transforma-se em um homem maduro. Apesar de ser introspectivo, ele torna-se capaz de olhar para o passado sem rancor, estendendo a mão a seu pai, Paulo, oferecendo uma luz de esperança para um futuro que, não importa quão complicado ou tardio seja, pode ser reconstruído. O ciclo que se fecha é um chamado para todos nós refletirmos sobre nossas próprias verdades, sobre como nossas escolhas influenciam não só nossas vidas, mas as vidas de todos ao nosso redor.

Escrever este livro foi um processo transformador. Espero que, ao lê-lo, você sinta cada emoção e possa refletir sobre a nossa capacidade de ressignificar sentimentos. Que você encontre, nesse texto, além de uma narrativa, uma verdadeira jornada de vida.
Bem-vinda(o) ao universo do jovem Théo em sua busca por afirmações e respostas. Que sua leitura a(o) inspire a repensar suas próprias jornadas, saber lidar com medos e angústias e, quem sabe, a encontrar também um caminho esperança e de reconciliação.

Com gratidão,
Luiz Pedro Jr.

82 p.; 14 x 21 cm
ISBN: 978-65-6023-131-3